caminho que escolhi

Duas estradas se bifurcaram no meio da minha vida,
Ouvi um sábio dizer.
Peguei a estrada menos usada.
E isso fez toda a diferença cada noite e cada dia.
"Larry Norman"


Uma parte daquele livro "A Cabana" que minha amiga Rafinha me mandou em um momento em que eu estava muito em dúvida sobre vir fazer esse intercâmbio e deixar meus amigos, minha família e tudo mais no Brasil ou ganhar experiência de vida, aprender sobre uma outra cultura, conhecer lugares incríveis e, se  tudo der certo, aprender a falar alemão fluentemente. PUTA QUE PARIU. PUTA LINGUINHA CHATA!


Enfim, vou começar a escrever esse blog, porque todo mundo me pergunta sobre meu dia-a-dia aqui na Alemanha.


Meu primeiro final de semana foi super bacaninha, bem relaxado, diferente de um final de semana típico se eu estivesse no Brasil.
Sexta-feira era pra ser superbadalada, eu ia pra Hannover com um amigo meu, o Tillmann, iamos ir num bar, depois ir numa "disko" e só voltaríamos ao amanhecer... adivinhem? FAIL! tive que ficar em Brelingen (a roça onde vivo) porque minha mãe é Culture Manager aqui da city, ou melhor, do village, e ela estava promovendo uma noite num cinema a céu aberto por aqui. Foi super interessante, pessoas descoladas, no caso, idosos com ossos descolados, mas tudo bem...
até que foi bom, bebi muita caipirinha com meus hostparents, pois eles têm uma amiga que adora drinks e ela adora caipirinha. ela carregava consigo uma garrafa de Pitú, nunca tinha ouvi falar na minha vida; no final da noite, eu estava bebido, não podia demonstrar isso e tive que voltar com meus pais pra casa a pé e levando o Max, nosso cachorro, pra passaer, e isso estava um frio do CARALHO!
Cheguei em casa e logo liguei o computador, queria falar com o pessoal do Brasil, mas adivinhe? NINGUÉM ONLINE. então peguei meu skype e liguei lá em casa. matei a saudades dos meus pais pelo telefone. eu sei que meu pai me ama e que ele me quer bem, mesmo quando ele fala "PÁRA DE GASTAR" ou "EU VOU CORTAR SEUS CARTÕES", eu entendo que ele faz isso só pra ver quando tempo eu consigo sobreviver.
Depois de falar com meu pai, pedi pra falar com meu irmão. que saudades que eu sinto de brigar com ele. saudades de chegar da balada, bebido e entrar no quarto do Dod fedendo álcool e pular em cima dele e dizer que ele é o meu melhor irmão. desliguei o telefone o mais rápido possível, não queria chorar no telefone com eles. sinto muito a falta de todo mundo lá de casa.
Procurando alguma salvação, ainda nessa noite de Sexta-Feira, liguei no celular do Saer. Por sorte ele me atendeu. Ele estava se arrumando pra sair pra ir ao Vila Dionisio. Fiquei muito feliz em falar com ele, mesmo que por 3 minutos... tive que desligar. aqui já estava próximo das 4 horas da manhã e eu tinha que acordar cedo no dia seguinte para uma viagem até Hamburgo em um casamento.
Sábado eu acordei mais tarde que o combinado. Tinha combinado de acordar as 9:30 da manhã para ir com meus hostparents alimentar os cavalos. eles tiveram que fazer isso sem mim, o poder com que a cama me puxava pra ela era incrível. não conseguia me levantar.
No final tudo deu certo. Eles alimentaram os cavalos, eu alimentei meu sono e em seguida me alimentei com um café-da-manhã bem básico: ovo, pão, queijo, ketchup e uma água com gás, pra rebater tudo isso AHAHAHAHAHA
Malas prontos. Pé na estrada. Indo direto a Hamburgo. Foi muito legal. Fomos por uma autoban (aquela rodovia que geralmente não tem limites de velocidade). PUTA QUE PARIU. Pista ótima, quatro vias, carros rápidos... Chegamos em Hamburgo no tempo previsto, nada atrapalho, até tirei um cochilo hahahaha


Bom, sobre o casamento e acontecimentos posteriores, fica pro próximo post ;)