segunda-feira, 27 de setembro de 2010

zig zag zig zag hoy hoy hoy!

"Prost ihr Säck, prost du Sack"

"1te Regel - Hoch den Pegel
2te Regel - Halt den Pegel
3te Regel - Hoch den Pegel
4te Regel - Kotzen!!!"

"Ich habe mehr Blut im Alkohol als Alkohol im Blut!!!"  



"Wer Bier trinkt, wird betrunken.
Wer betrunken ist, wird müde.
Wer müde ist, wird schlafen.
Wer schläft, der sündigt nicht.
Wer nicht sündigt, kommt in den Himmel.
Also lasst uns alle trinken und in den Himmel kommen!!"



"Ich brauche täglich mein Vitamin-B(ier)!"


Essas são as "finezas" que se houve no Oktoberfest. O problema não é só ouvir isso. É ouvir, entender, aprender e sair falando o dia inteiro, igual eu fiz.
Fui ao Oktoberfest e aprendi só essas finezas, que significam coisas do tipo "tenho mais sangue no álcool do que álcool no sangue"; "Eu preciso da minha diária vitamina-c(erveja)" entre outros dizeres...
Mas eu tinha uma desculpa, eu tinha meu Mass, aquele "copinho" que cabe até 1 litro de cerveja.
Beber cerveja naquele copo é um grande exercício. Pra que academia, enquanto tem um Mass?
Aquele copo trouxe minha alegra... Principalmente com o que tinha dentro.
Pra começar meu dia e entrar no clima, eu preparei minha camelbak com umas "brejas" que eu tinha ainda guardado. Coloquei na camelbak e fui bebendo o caminho inteiro até Hannover.
Chegando por aqueles lados, encontrei dois amigos brasileiros que fazem intercâmbio aqui na região e tínhamos combinado de ir ao Oktoberfest.
Nisso, as pessoas já estavam lindas. Nas ruas, as pessoas passavam eu me sentia num desfile. Todo mundo bem trajado e bonito.
Me senti um pedreiro, admirando as pessoas e as vezes até "xavecando". Vergonha. Eu sei.


Chegando no Oktoberfest... Nunca fiz amigos tão rápido e tão fácil.
Eu digo, as pessoas se unem pela bebida, e lá, era o que mais tinha.
Pessoas de todas as idades bebendo, se divertindo, caindo no chão... Só gente boa! hahahah
Meus amigos do meu vilarejo também foram, e graças a eles eu tenho fotos pra me recordar do Oktoberfest.
Como eles mesmo dizem: Dê uma cerveja para um alemão e você terá um amigão!
Apesar de todo esse divertimento, eles bebem cerveja quente.
Não, eles não esquentam a cerveja antes de servi-la, porém eles não costumam coloca-la em geladeiras ou refrigeradores para gelar a maldita.
Mesmo assim, eu estou acostumando. Afinal, cerveja aqui é bom de mais.
Eu tento nunca repetir cerveja, pra poder experimentar todas possíveis. Não me culpem, isso foi uma tarefa que minha tia me deu.
E aqui estou eu, experimentando todas as cervejas. Se eu voltar cachaceiro e com cirrose, podem culpar minha tia.


Bom, deixo convosco umas fotos do meu wochenende
traje típico alemão

esquenta

traje alemão

jardim de cerveja

Malte, eu e Tilmann e meu MASS

felicidade que vem do "arco"

o cara celebra despedida de solteiro no Oktoberfest



diferença básica

Já gastei muito dinheiro à toa, mas eu precisava pagar 60 centavos de Euro para utilizar esse banheiro de novo e fazer esse filme para postar no blog.
Isso é a tecnologia alemã.
Você paga 60 cents e utiliza os sanitários. Muitas pessoas reclamam de pagar, até eu no começo reclamava, mas depois que vi a limpeza e a tecnologia do banheiro, nunca mais reclamei. Pago com prazer. Digo até que compensa mais pagar 60 cents pro banheiro, do que 45 cents pela cerveja.
Isso me faz pensar como seria um banheiro desse em São Paulo...
Certeza que teria portar pixadas, as catracas de segurança estaria destruídas e teria uma "tia" com uns 50 anos em cada perna cobrando a entrada, mas se você der um cigarro pra ela, pronto, nem precisa de dinheiro.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

arte

Alemão é um povo muito ligado a arte... E eu também.
Todo tipo de arte ou manifestação artística que encontrei por aqui, tentei fotografar... Vi arte e fiz arte 

*O mais engraçado é aquele "BiBA" no fundo



casamento 2


Pra variar, outro casamento diferente. Minha família alemã não gosta muito de coisas paradas, calmas e normais. Se não for diferente, não é com eles.
Viajamos a Berlim para irmos a um casamento homossexual dos amigos da minha mãe.
Não posso dizer que foi bem normal. Não é todo dia que eu vejo um casamento homossexual.
Mas a festa, em si, não foi causaria e foi bem diferente do que eu imaginava. Quando fiquei sabendo que seria um casamento "diferente" eu pensava que fosse encontrar outra coisa, mas não.
Enfim, uma foto do topo do bolo.




quinta-feira, 16 de setembro de 2010

chegando e representando

Cansei de falar CAUSAR, acho muito clichê agora...
Enfim, week end passado foi muito legal.
Viajei com minha família pra Berlim e tudo mais... Mas o que eu tenho pra contar é que eu entrei de gaiato na história e saí sorrindo.
Bom, minha família me levou pra passear por Berlim. Conheci um museu da Segunda Guerra e do Nazismo. Aprendi várias coisas que eu não sabia, afinal, Berlim é aula de história nas ruas.
Eles me levaram para conhecer o Checkpoint Charlie, que é o local onde eles verificavam a saída dos alemães da West Berlin.
Também fui conhecer o Brandenburger Tor, que foi o que eu mais gostei. Não por beleza ou história, mas sim por ter representado.
Cheguei nesse lugarzinho e vi uma multidão de gente tudo tumultuada e logo fui chegando e perguntando o que se passava por aqueles lados.
Logo vi uns letreiros e um povo tirando foto. Era um grupo de "ativistas" fazendo discursos e escrevendo mensagens para um povo no Irã, algo assim.
Eu não entendi muita coisa. Cheguei chegando. Empurra aqui. Aperta ali. Peguei uma letra e levantei e fui que fui.
Eu estava mais perdido que cego em tiroteio. Eu não fazia noção do que eles estavam escrevendo. Não conseguia enxergar as letras de todo mundo.
Pra quem ainda não conseguiu me enxergar... eu sou o ponto preto segurando o N de iraN...
REPRESENTA

habilidade brasileira - aprendida com alemães.

Que os alemães são habilidosos, eu já mostrei em posts anteriores e todo mundo aqui na Alemanha sabe disso... Mas o que eu não mostrei são as habilidades brasileiras e como um brasileiro pode aprender com um alemão.
Num belo dia ensolarado resolvi mostrar minhas habilidades para os cidadãos da minha cidade. Pra variar, choquei a galera.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

cada um tem uma necessidade

E a necessidade do meu amigo é de um companheiro hahaha
A Laurinha pediu pra eu gravar esse vídeo. E como sabem que eu não nego favor a amigo... Gravei. Tive que pagar caro por isso. Também fui filmado falando merda em alemão, mas isso fica pro próximo post.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

programa de índio

Como já falei antes, e todo mundo que me conhece sabe, meu porte físico não é nenhum exemplo.
Sou gordo, vegetariano, mas viciado em batata-frita, queijo, Doritos, pizza e todas essas comidas "leves". Além de fumar e beber socialmente... até cair. Ou seja, só gosto de coisas "saudáveis"
Contudo, eu também gosto de coisas realmente saudáveis, como caminhada básica, andar de bike as vezes, meditar e afins. Mas isso não quer dizer que faço isso todos os dias. Faço com uma certa frequência, mas não sempre.
Na maldita hora em que eu preenchi meu application para o intercâmbio, eu coloquei que gostava desses hobbies. Só não coloquei a frequência que os praticava. Caí numa família perfeita... se eu praticasse isso frequentemente.
Num belo sábado ensolarado, que por milagre não choveu, meu pai hospedeiro me chamou para irmos fazer uma espécie de Mountainbiking.
Na hora eu pensei: estou num intercâmbio, tudo é experiência nova. topo topo, por que não?
No começo foi legal. Iríamos num campo, não é bem uma montanha, mas numa "serrinha", no meio do bosque. Uma vegetação linda. Tirei fotos maravilhosas. MAS NÃO PODIA TER UM BANCO CONFORTÁVEL NA BICICLETA? Eu xinguei muito no twitter quando cheguei. Aquele banco duro incomodava. O caminho já não era o melhor. Subia. Descia. Bebia água. Tirava foto. MAS NÃO TINHA UM BANCO MOLE.
Não pedalamos muitos quilômetros, apenas 14, mas imagine 14 quilômetros sem poder sentar direito? É triste. Acredite.
Pra mim, isso só prova cada vez mais os alemães gostam de fazer programas de índio.
Se não bastasse tudo isso, depois de uns três dias me fizeram uma proposta indecente.
Eu até que estou acostumado com propostas indecentes. Só que no Brasil, as propostas são diferentes... No caso alemão, ou norueguês, foi beem indecente.
Já me chamaram pra beber, pra fazer festa, pra estudar... Só que pela primeira vez me chamaram para fazer Arco e Flecha. No comecei eu também achei interessante e pensei em toda aquela baboseira que já disse antes, sobre experiências novas e coisas parecidas.
FUI. FIZ. E NÃO GOSTEI. Primeiro: não gosto de sentir dor. Segundo: estava chovendo pra caralho. Cheguei em casa tomado banho.
Como eu posso gostar de uma coisa que me deixa dolorido nos próximos dias. Eu mal conseguia erguer os braços. Dar "tchau" era artigo de luxo. Fiquei sem dar tchau para as pessoas durante dois dias. Afinal, ninguém valia tanto a pena assim...
Outra vez, eu tentei xingar muito no twitter, mas não conseguia. estava tão dolorido que não conseguia escrever.

Definitivamente, alemães têm gostos estranhos... e norueguesas, também!

No começo eu até sorrio pra fotos
Campo de Erica vulgaris (adoro o nome)

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Nossa Senhora da Bicicletinha, daí-me equilíbrio.

Finalmente, bebida.
Estava cansado de passar Sexta e Sábado sem beber e me divertir com pessoas da minha idade.
Finalmente meu amigo me levou pra sair. Não foi nada comparado a uma reunião informal no "puxadinho", muito menos comparado aos "estudos de Sexta-Feira a noite" no jardim e muito menos comparado a um encontro na casa do Saer enquanto seus pais estão viajando. Porém, foi legal. Foi diferente. BEEEEEM diferente.
A começar que foi em uma outra cidade. Outra diferença foi eu ter que dar satisfação para os meus pais de onde eu ia e que horas eu voltava. Só que o mais diferente de tudo, foi ter que ir até ao vilarejo ao lado de BIKE e pegar o TREM até Hannover.
Na ida foi tudo bem. Fui até a casa do meu amigo e começamos fazendo um esquenta.
Para esquentar, bebi um tal de "Feigling" (significa Covarde), mas é muito corajoso quem beber, já que é uma dose significativa e tem um alto teor alcoólico.Se bebe assim: vira essa mini-garrafa de cabeça pra baixo e começa todo mundo a sua "boca" na mesa (sua boca = boca da garrafinha. ninguém quebra os dentes bebendo isso, ok?!). Todos batem a boca da garrafinha suavemente sobre a mesa, até que fique "alinhado" o barulho. Quando todos estiverem sincronizados, significa que é hora de virar. Pronto. Foi um. Foi dois. Foi três. Já estava chamando Jesus de Genésio.
Depois disso, pegamos nossas bikes e fomos até a estação de trem, que é perto da minha escola, isso significa 3 km bebido.
Chegamos em Hannover e encontramos com alguns amigos do meu amigo. Fomos num bar e... cerveja e tequila.
Enquanto bebiamos, logicamente, o tempo passava. Quando olhei no relógio, com muito esforço, consegui visualizar que já está próximo da meia-noite e meu trem de volta pra casa partia onze minutos passados da meia-noite. Nisso eu tive que virar, com muito sacrifício, minha terceira dose de tequila.
Nisso tudo rodava. As pessoas ficavam mais bonitas. As alemães mais peitudas, menos bigode, mais bronzeadas... E o mais incrível era que todo mundo parecia dar em cima de mim. Pena que era uma noite que eu estava difícil.
Eu não queria ir embora, mas tinha que partir.
Com uma vontade de mijar, eu acabei querendo ir embora logo, assim eu podia utilizar o toalete do trem. Afinal, que toalete. muita tecnologia. Você aperta um botão, a porta abre automático. Nisso, eu morrendo de vontade de mijar e aquela porta "desfilando" pra abrir. Ia numa lentidão que parecia que estava à beira mar, ouvindo "Garota de Ipanema" enquanto caminhava pela praia arrastando sua canga.
Mijei. Que alivio. Nunca me senti tão bem. O único problema foi que enquanto eu subia meu zíper, o trem começou a funcionar. Imagine minha situação de bebido, sem apoio fechando o zíper. Minha cabeça, pequena cabeça e bem leve, por sinal, quase me levou pro chão.
Graças a toda minha "molemolencia" eu consegui ficar em pé e caminhar até meu assento enquanto voltava pra casa.
Cheguei em Mellendorf, onde eu estudo e deixei meu "veículo" estacionado. Outro problema diante dos meus olhos... Nesse estado, como identificar os números da minha corrente que trancava a bicicleta? Eu mal acho esses números de "madrugada" quando eu vou pra escola, imagina Sábado a noite e nessas condições.
Com muito sacrifício eu consegui. Então liguei minha lanterna e fui pedalando com meu amigo até em casa.
Esse caminho que faço todas as manhãs nunca me pareceu tão longe e tão cheio de curvas e rampas e buracos.
Durante essa prova de "3 km com obstáculo", eu só pedia ajuda a Nossa Senhora da Bicicletinha, aquela que nos dá equilíbrio nos momentos cruciais.
Depois de três longos quilômetros, cheguei em casa e graças a preguiça, nenhum estava acordado. Ainda bem. Não seria legal conversar com eles e com aquele hálito refrescante de cachaça.
Nada mais aconteceu, mas me senti com uma realização interior imensa.
Sorriso de orelha a orelha.
Estava precisando disso.

libertação

Hoje foi meu "primeiro" dia de aula, finalmente.
Eu digo primeiro dia de aula útil.
Até então, eu estava tendo aula na oitava série aqui na Alemanha. Só tinha matérias legais e coisas super interessantes a fazer. Em partes, eu gostava de ter aula lá. Conhecia meus colegas de classe, já fazia piadas e dormia sempre que possível... Agora eu mudei, fui para o segundo colegial e hoje foi meu primeiro dia.
Eu adorei todos meus colegas de classe e de todas as classes que eu tive. Porque aqui, cada matéria que eu frequento é com uma turma diferente, raramente têm os mesmos alunos.
Fiz amizades super fácil, afinal eu até sou uma pessoa difícil de fazer amizades, né?! hahahaha
Enfim, adorei tudo e creio que muitos me adoraram também. Só que ninguém sabe o quão difícil foi pra eu conseguir mudar minhas aulas.
Na Segunda-Feira eu conversei com a minha diretora que já estava na hora de me mudar de sala, já que algumas provas já começariam e tudo mais. Só que ela foi difícil. Eita mulherzinha difícil de lidar. Juro que por um momento eu pensei em mata-la. Enquanto eu implorava pra mudar de sala, eu juro que eu imaginava eu matando aquela vaca. Eu me via com uma faca de serra cortando o pescoço dela e deixando ela sangrar e sofrer igual quando se mata galinha na roça... Isso tudo porque ela não entendia meu sofrimento. Minha necessidade de mudar de sala, afinal se eu não mudasse, hoje eu teria aula de Latim.
E EU TENHO CERTEZA QUE ELA NÃO SABE O QUÃO CHATO É UMA AULA DE LATIM.
Quem odeia Exatas e todas suas matérias é porque nunca tiveram aula de Latim. PUTA QUE PARIU. Pensa numa coisa ruim. Pensou? Aula de Latim. Eu acho que nunca odiei tanto uma coisa igual eu odeio aula de Latim.
Nunca entendi o uso disso na vida de uma pessoa. E eu cansei de fazer piada sobre Latim. Falar pra professora que ela está pronunciando errado. Que eu sei mais que ela, já que na América LATINA se fala LATIM. HAHAHAHAHA
Mesmo assim, depois de muitas horas de "discussões" com a minha adorável diretora, eu consegui minha carta de alforria. Agora sim estou liberto. LATIM, NUNCA MAIS!
Eu pude escolher as matérias que eu queria. E como tenho dificuldade com a língua, escolhi Inglês, que eu já tenho uma certa fluência, Biologia, porque é necessário para a graduação no Brasil, Química e Física, porque é sempre a mesma coisa, Educação Física, porque eu preciso ficar em forma e não quero gastar muita grana com academia, e, enfim, Matemática, porque eu PENSEI que seria a mesma coisa que no Brasil, mas não é.
Mesmo eu mudando de professora de matemática, eu continuo sem entender que espírito a professora recebe e começa a "baixar" os números na lousa.
Quando perguntei ao meu colega ao lado o que a professora fazia na lousa, ele disse que não sabia. Na hora eu pensei "Se ele, alemão, domina a língua, está tendo essa matéria desde quando começaram as aulas, não sabe o que a professora está fazendo, imagina eu?". Me fudi bonito. Agora imagina eu tendo que ir falar pra diretora me mudar de aula de matemática? Como faz? Prefiro ficar sem entender na escola e chegar em casa e estudar acompanhado do Google. Dá muito mais certo.

sábado, 4 de setembro de 2010

diferenças básicas

Resolvi criar esse post para esclarecer algumas diferenças e também desabar, já que têm uma coisas que estão me deixando louco.
Acho que a principal diferença entre a Alemanha e o Brasil, começa com o desenvolvimento, o que não é segredo pra ninguém... Alemanha super desenvolvido e Brasil um pouco atrás.
Só que muita coisa desse "desenvolvimento" alemão me chocou. Eu já tive experiências anteriores em país desenvolvido, mas era totalmente diferente da Alemanha.
Eu até acho isso um tanto contraditório, no meu ponto de vista antiquado, mas para os alemães, esse é o ideal de desenvolvimento. Por exemplo, eles compram muitas coisas, são até que consumistas -não tanto quanto americanos, mas são- só que nas ruas é quase impossível você encontrar alguma loja que aceite cartão de crédito ou débito. Pra mim isso é muito estranho. No Brasil, encontramos lugares inesperados que aceitam cartões magnéticos.
Outra coisa que é bem diferente entre Alemanha e Brasil é a contribuição com o meio-ambiente.No Brasil, muito se ouve falar em ajudar na "limpeza" do meio-ambiente, em não poluir, mas muito pouco é visto. Eu, particularmente, só vejo brasileiro metendo a boca em países desenvolvidos, mas não vejo um brasileiro não jogando lixo na rua, ou até mesmo tirando o lixo da rua. Aqui na Alemanha, eles têm programas de incentivos à não-poluição do meio. Como, por exemplo, as garrafas pet. Você pode leva-las ao supermercado e inseri-las em uma máquina própria, que "recicla" essa essa embalagem, e essa mesma máquina te dá um comprovante com desconto em novas compras. Ok, nem sempre esse desconto é algo grande, mas já é o suficiente pra comprar alguma outra coisa útil.
Também é diferente por aqui o jeito de se expressar das pessoas, beeeeeem diferente do Brasil.
PONTUALIDADE... MEU DEUS, O QUE É ISSO?
Eu sou aquele típico brasileiro que quando tem uma programação pras 7 da noite, não aparece antes das 9. Enquanto alemães marcam as 6:30 pm, quando são 6:20 pm já estão saindo de casa, afinal, precisam pegar suas bikes e pedalar rápido, pois não podem chegar cinco minutos atrasados. As vezes não é nem pra coisas importantes. É apenas pra ir na casa de um amigo ou coisa assim, e eles conseguem ser pontuais.
Na escola temos muitas diferenças, a começar pelo respeito aos professores. Todo professor é tratado como Senhor/Senhora e o sobrenome dele. Não chamamos os professores pelos seus devidos nomes e muito menos por apelidos. Totalmente diferente do Brasil, onde até chamamos os professores por apelidos pejorativos, as vezes. Os alunos, aqui na Alemanha, toda vez que querem falar com o professor, eles erguem a mão. Ninguém solta uma simples palavra se o professor não pedir que o aluno em questão fale. Enquanto no Brasil, alguns professores nem voz tem pra fazer o aluno parar de falar.
As matérias por aqui, também são bem diferentes. Eu vejo muita matéria sem utilidade, por aqui. Exemplo: LATIM, música, artes e religião. Eles têm mais aula de Latim do que aula de física e química. Qual a utilidade de estudar Latim? Enfim... Os alunos em geral não estudam muito geografia e história. Eu lamento em dizer que eu sou um dos mais inteligentes em geografia da minha sala. Tivemos uma tarefa para escrevermos no mapa os países da União Européia e dava a dica do ano em que entraram. Eu, um brasileiro, sabia mais do que os alemães que são de um país que faz parte da comunidade européia.
Nas aulas de matemática eles aprendem as mesmas coisas que no Brasil, só que de um jeito bem mais difícil de entender.
A minha professora faz tudo que eu fazia nas provas de matemática e meu professor não aceitava. Minha professora aqui simplesmente baixa a Mãe Dinah e começa a colocar números do nada na lousa e resolve o problema. Sério. Do nada aquela mulher tem uma tremedeira e começa a colocar números na lousa para solucionar um problema que no Brasil, eu solucionaria com mais coerência e mais tempo, mas diferentemente da minha professora, eu não tenho um "acordo" com a Mãe Dinah, nem o Pai Galo e afins...
Sobre a escola, as aulas começam oito e quinze da manhã e geralmente acabam duas e pouco da tarde.
E existe uns três tipos de segundo grau, por aqui. Eu ainda não sei a função de cada um e muito menos a diferença, mas têm: Gymnasium, Realschule e Hauptschule. Me parece que um é voltado para áreas profissionalizantes, pra quem não pretende fazer faculdade, outro é voltado pra crânios que pretendem ser próximos Einstein e outra que seria um "meio-termo"... Vou tentar averiguar isso e informarei aqui em algum post.
Cerveja gelada, nem sempre significa que ela será gelada. Para alemães, desde que a cerveja esteja um pouquinho mais fresca, já é gelada e isso basta.
Longe não necessariamente é longe. Para alemães, 3 horas de viagem é longe.

Assim que eu lembrar de mais diferenças, post por aqui :D

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

baianagem

Na minha família alemã, por mais que não seja a típica tradicional família alemã, também têm suas tradições na medida do possível.
Eu também tenho a minha tradição, que é: quebrar todas as regras e todas as tradições. Não, não faço isso pra ganhar a repulsa das pessoas que convivem ao meu redor. Faço isso porque eu acho que se obedecermos todas as regras, perdemos toda a diversão.
Ontem, no jantar, foi um pouco de falta de aviso e também de propósito, claro.
Antes de sair pra Hannover, minha hostmother me avisou que teríamos uma convidada muito especial para o jantar e que dormiria aqui. Nada de mais, pra mim, já que quem receberia essa amiga seria a Angela, minha hostmother. Fiquei tranquilo.
Fui pra Hannover fazer compras. Andei na região próxima à estação de trem, porque eu não tinha muito tempo pra ir pra longe.
Cheguei em casa já era noite e a convidada já estava aqui e a janta estava quase pronta.
A convidada se tratava de uma amiga da Angela desde de quando elas moraram em San Francisco (décadas atrás. Jesus era criancinha. ahahha brinks) e desde então trabalhavam com tipos variados de artes.
Como vocês sabem, minha "mãe" é Secretária da Cultura aqui na minha city, conhece todo mundo da cidade, se bem que nem precisa de muito, e vários artistas como atores, pintores, escultores e etc.
O jantar estava pronto. Sentamos todos em seus lugares para comermos.
Papo vai. Papo vem. Essa "moça" começou a conversar comigo. Ela é casada com um ator alemão e também trabalha com produção de filme. Tudo nesse meio artístico. Começamos a falar sobre o Berlinale e a propósito, ela até me convidou para assistir. Me senti importante.
Paramos de conversar e comemos. Era uma torta que ainda não sei quais são os ingredientes, mas é muito saborosa.
Eu comentei com eles que era muito saborosa, mas que faltava algo. No momento em que completei minha fala, pedi licença, me levantei da mesa e fui até a cozinha pegar algo que eu acreditava que deixaria a torta mais saborosa. Eu necessitava de Tabasco e ketchup.
Me sentei a mesa e da-lhe ketchup e Tabasco na torta.
Nisso, todos que sentavam a mesa ficaram espantados. Chocados. Arrepiados. E eu, sem entender nada e saboreando a torta com pimenta e ketchup.
Nossa convidada da noite, olhou nos meus olhos, respirou fundo:
- É uma torta com uma receita típica alemã e nós mantemos essa tradição há anos e ninguém NUNCA teve a coragem de colocar ketchup e pimenta enquanto comia.
Depois dessa, eu só abri minha boca pra comer e beber água.